De repente, vejo-me diante deste estranho, com um aspecto frágil,
delicado mesmo, e a questão (“Então, o que a traz cá?”) suspensa entre nós, embora só me pese a mim, quase me ensurdece (“Então,
o que a traz cá?”), eu opto por olhar à
volta, não me passou despercebido o silêncio da divisão, convidativo ao fluir
da palavra, embora talvez um pouco artificial, uma vez que, lá fora, a dessintonia
habitual da hora citadina, era uma sala agradável, um pedaço de lar ali
colocado, as cores suaves, das paredes aos objectos, ao centro pontificavam
dois cadeirões, de frente um para o outro, num convite implícito ao diálogo,
assim que os vi, nasceram-me palavras...
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