De repente, uma frase desvela o sentido das coisas, Só nos apaixonamos por ideias, e mais
outra, Em verdade, nunca nos apaixonamos
pelo outro, mas sim pela ideia que dele construímos, e ainda, Reparem: o outro nunca nos desilude, em
verdade, é apenas a ideia a morrer, eu, siderado, na compreensão do Sentido, de facto, nunca tinha visto as
coisas por esse prisma, então, na realidade, simplesmente apaixonei-me pela
ideia que construí da… Bom, vou começar como deve de ser, ou seja, pelo início,
estava-se naquela altura do ano em que se desespera por sol, o Inverno havia
sido inclemente, já nem me recordava de olhar as alturas, tal o cinzentismo que
nos cobria há tanto, pelos passeios, um trânsito de guarda-chuvas a potenciar
eventuais acidentes, como música de fundo, o som contínuo dos limpa
pára-brisas, no seu incessante movimento de pálpebras mecânicas (…)
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