Há quem defenda que a primeira imagem, do outro, é a prevalecente, há quem advogue o oposto, a última é a que perdura, sou, de facto, apologista da segunda, hoje, no entanto, vou levantar a memória de uma personagem em que primeira e última imagens coincidem, se houve coisa subtraída pelo tempo foi paciência para conversas de pacotilha, lugares-comuns, esterilidades, jogos-de-equilíbrio sob a vigilância do tirano politicamente-correcto, aquele estranho cenário onde se desfilam aparências e se velam essências, no fundo, o dia-a-dia, foi neste palco que conheci a figura que intitula estas linhas, num contexto predominantemente masculino qualquer elemento feminino, por muito nebuloso que possa ser, afigura-se logo um dia bem solarengo, foi este o caso, embora houvesse aqui a variável: cabelo-solto, cabelo-apanhado; o sotaque além-Atlântico, há uns bons anos, assumia uma conotação tropical, inóspita, talvez por maioritariamente, nessa altura, só o encontrarmos nos écrans caseiros, com tramas fascinantes que nos transportavam para lugares vizinhos do paraíso, mas vivemos tempos estranhos, muito estranhos, talvez não tanto assim para quem saiba ver, pensar e compreender, adiante, num repente, a toda à nossa volta, deparamo-nos com o tal sotaque além-Atlântico, outrora com uma conotação tropical, inóspita, há muito escrevi que “a distância suaviza o olhar”...
Sem comentários:
Enviar um comentário
Nota: só um membro deste blogue pode publicar um comentário.