Setembro chegava e consigo trazia
algo de funesto, ela nunca soube concretizar o quê, se o regresso ao trabalho,
a escola dos miúdos, o encolher dos dias, a partida do calor rumo a outras
paragens, o chão cobrir-se de folhas enquanto o olhar com um horizonte de
esquálidas ramagens, contudo, para ela, Setembro sabia-lhe a inquietude, tudo
num regresso ao lugar embora o seu há muito perdido, ainda há uns dias, em
lugares da infância, um pouco de paz pelo seu sentir, a expressão aligeirada,
talvez por não olhar a memória ao longe, passavam cerca de duas semanas por
ali, nos dois últimos anos, as miúdas mais inquietas, com reivindicações de
toda a ordem, o nada para fazer, ela
ainda em argumentações, estéreis, diga-se (Mas
que mal tem? Descansem!), porém, as filhas em uníssono (Descansem?! Sinceramente! Mas somos algumas
velhas ou quê? Todos os nossos amigos vão de férias para sítios espectaculares,
pois vocês enfiam-nos sempre neste fim do mundo), ela ouvi-as perplexa, mas
havia um ponto que não podia tolerar, aquele jamais seria o fim do mundo,
quando muito, seria o início, pelo menos, para ela, sim, sem qualquer dúvida (...)
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