"Ela,
neste momento, a ver-se, ali, parada, numa imobilidade expectante, na margem da
estrada. A figura continua a cavar. Vestia um daqueles pares de calças que
ostentava a geografia do tempo, uma outrora branca camisa desabotoada, e na
cabeça pontificava uma boina que cheirava a sal e a terra. Raros são os
objectos que comportam estes odores: sal e terra: o sonho e a realidade."
in "Do outro lado do rio, há uma margem"
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