"E
era fácil aí perder-se, naquele labirinto de veias e sulcos. Imaginava os anos
que foram necessários à edificação daquele labirinto. As gerações que nele
trabalharam, o arrojo da construção, o esforço, as alegrias, as derrotas… Eram mãos com sabedoria, dizia para si,
enquanto as olhava. Como se esta qualidade pudesse ser aplicável a uma extensão
do corpo. De alguma forma, ele sabia que aquelas mãos eram sábias. Por vezes,
quando a velha se silenciava, as mãos exprimiam-se no seu lugar: Meu filho, meu filho, estou cansada, tão
cansada. Já não espero nada, e não há nada pior que isto."
in "Olhei para trás e sorri..."
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