Dizem que o tempo acelera com o decorrer da vida, não sei se é verdade,
talvez a verdade resida noutro lado, não é o acelerar do tempo, mas a nossa
crescente desatenção para as coisas, lembro-me, como se há pouco, que, na
meninice, passava muito tempo, nas mais diversas brincadeiras, em contacto com
a terra, desde corridas de carrinhos, aos inolvidáveis jogos das escondidas,
onde se buscava, com avidez, o lugar mais recôndito em escassos segundos, até
às batalhas de canudos, artilhados de acordo com os limites da imaginação, ou
os jogos de berlindes, transversal a todas as brincadeiras o sentir a terra,
foi aí que, de facto, aprendi a ouvir o respirar do mundo...
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