De vez em quando, regresso-me àquele lugar, não sei
porquê, no acaso do dia, a imagem irrompe pelo meu pensar, e ali me fico, de
novo, como se nunca tivesse partido, a luz peculiar, a harmonia dos sons, a
doçura leve do ar, tudo a envolver-me, porém, sei-me no desconforto distante da
minha circunstância. Quando férias, sub-repticiamente, tento elencá-lo como uma
possibilidade, ela, de imediato, refuta, sempre com a mesma argumentação, de
tão repetida, já lhe conheço a sequência, as noites frias, a escassez de
diversões, a água gelada, o vento, sempre o vento, incessante, no fundo, é mais
uma brisa, mas ela, logo, a exponenciar a coisa, por vezes, devido à convicção
das suas afirmações, quase acredito que um desconfortável vento frio no lugar
de uma reconfortante brisa do entardecer (...)