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sábado, 29 de agosto de 2020

A desencantada procura por “um não sei o quê”


 

Desde que me lembro, sempre que chegava a um lugar novo, fosse para férias ou de visita, uma frase nascia-me (“Afinal, é só isto…”), a minha atenção com o além logo transformado num aquém assim que lá chegasse (“Afinal, é só isto…”), uma urgência de partir, mas não de regressar, afinal só se regressa a casa, talvez seja esse o meu problema, ainda não encontrei o lar, para aqui ando de dia em dia num crescente enjoo de tudo isto, o pior, creio, seja a consciência deste enjoo (o além logo transformado num aquém), nada me ater ao aqui, quantas vezes a inveja dos que partem, por se cumprirem, realizarem, talvez por se libertarem do enjoo de tudo isto, e que fardo, há uns tempos alguém me disse que as maiores tragédias e guerras que travei na vida serviram-me unicamente de distracção, a evidência de uma verdade leva o seu tempo, porém, esta foi quase imediata, não podia estar mais certo, de facto há tanto que me fujo, e desconheço o motivo...

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