Livros

Livros

domingo, 3 de dezembro de 2017



"... volvida hora e meia, o estacionamento de terra, a distribuição dos sacos, a mãe à frente, a brancura publicitava ainda mais o efeito gelatina, seguia-se o pai, o azul-choque da tanga a contrastar com a alvura descarnada dos membros inferiores, o irmão aos saltos com a bola e mais qualquer coisa, a uns quantos passos atrás, a irmã, sempre nas faldas deste quadro, a olhar como se de uma janela, demoraram o seu tempo a instalar-se, após o guarda-sol, as toalhas, abrir as cadeiras, ligar o rádio, pô-lo audível em relação às ondas, fechar os sacos onde havia comida por causa da areia, ele deliciado a pôr protector nas costas da mulher, ela nem precisou de o verbalizar, já a aguardava de frasco na mão, o filho entretinha-se a jogar raquetas com um vizinho de um guarda-sol próximo, só a rapariga da janela se encaminhou para a água, assim que uma onda lhe cobriu os pés, respirou fundo, avançou mais uns passos, achou curioso, o único som advinha das águas, olhou para trás, parecia tudo  tão longe…"
in "Um dia de praia"

Sem comentários:

Enviar um comentário

Nota: só um membro deste blogue pode publicar um comentário.