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domingo, 10 de dezembro de 2017

A dificílima arte desta coisa de nome viver



E, de repente, compreendo que já percorri mais de metade do meu caminho. Resolvo sentar-me e reflectir nisto. Olho para trás e tudo se me afigura uma irrealidade, como se uma névoa turvasse a minha estadia por aqueles lugares, apenas as cicatrizes como testemunho da autenticidade do ido. Tão estranho: já percorri mais de metade do meu caminho… E continuo à procura de uma razão para caminhar, como se, em grande parte, me tivesse deixado conduzir, ao sabor de uma corrente de velada fonte, por vezes, vislumbro um sentido para as coisas, contudo, logo de seguida desvanece-se do meu horizonte, no seu lugar apenas um desdenhoso absurdo, que me atomiza de encontro aos meus mais turvos receios...

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