Quando chega a hora de voltar para casa, a que muitos
apelidam de regresso, ela sempre acometida por um sentir de orfandade, a plena
consciência de que é um ser sem lar (de que sempre o foi), uma pressa
generalizada domina gestos e passos à sua volta, ela apenas hesitações, há três
meses vira-se obrigada a retornar à casa materna, precisamente àquela de onde
sempre quis partir, mas não voltou só, fazia-se acompanhar por uma frágil mão
dentro da sua, umas dezenas de centímetros abaixo, à sua volta, agora, frases
recorrentes (Até amanhã! Ainda ficas? Não
vens? Então, adeus… Vais fazer serão?), porém, ela ainda sentada, procurava,
talvez, o segredo da existência (a compreensão da derrota)...
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