Livros

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domingo, 8 de outubro de 2017



"Noites de hospital, noites de gritos de uma dor só. Num momento de pausa, ela atravessa corredores de desespero, até à enfermaria onde ele se encontrava, uma desculpa profissional para se justificar por ali, mas ele ausente, a sua pausa a expirar, regressava quando o vê sair de um gabinete, num esforço patético de naturalidade, acompanhado de outra enfermeira, que se digladiava com uma chuva de cabelos para repor a touca, ela cola-se à parede do lado oposto do corredor, numa ânsia de invisibilidade, passa por eles, nada é dito, nem um cumprimento, de novo, uma questão cansada lhe surge A que sítio pertencemos?"

in "Do outro lado do rio, há uma margem"

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