Livros

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quinta-feira, 2 de novembro de 2017



Até que, lentamente, começo a ver passado. Como se, cada acorde, correspondesse a uma pincelada de uma tela ainda por desvelar. Assisto à magia do alvor da memória, embalado pela melódica abertura deste sonhado Stairway to Heaven (da imortal banda inglesa). Há muito que não ouvia. Compreendo, com tristeza, que a felicidade é sempre retrospectiva. É sempre a estação deixada para trás. Toda a tristeza do mundo desenha-me no rosto a ténue linha de um sorriso compreensivo – aquele que provém do tempo.

Agora, sou um passageiro memória, e viajo à mercê do seu passo. E começo a sentir os odores, a cheirar as cores, e a rever as emoções daqueles dias, enquanto ascendo a azuis de outrora.
in Queria rever o teu rosto ao entardecer




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