Até que, lentamente, começo a ver passado. Como se, cada
acorde, correspondesse a uma pincelada de uma tela ainda por desvelar. Assisto
à magia do alvor da memória, embalado pela melódica abertura deste sonhado Stairway to Heaven (da imortal banda
inglesa). Há muito que não ouvia. Compreendo, com tristeza, que a felicidade é
sempre retrospectiva. É sempre a estação deixada para trás. Toda a tristeza do
mundo desenha-me no rosto a ténue linha de um sorriso compreensivo – aquele que
provém do tempo.
Agora, sou um passageiro memória, e viajo à mercê do seu
passo. E começo a sentir os odores, a cheirar as cores, e a rever as emoções
daqueles dias, enquanto ascendo a azuis de outrora.
in Queria rever o teu rosto ao entardecer
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