Sempre que sexta-feira, fim de tarde, Despacha-te começa a repetir-se lá por
casa, a voz de minha mãe num volume crescente, os meus nervos em parelha com a
sua volumetria, eu perdida atrás de objectos que insistem, não sei porquê, em
esconder-se de mim quando estou refém da pressa, percorro as escassas divisões
da casa que, em momentos assim, se me afiguram planícies de horizontes
inalcançáveis, uma vez mais Despacha-te, outra
ainda, Despacha-te, nisto a
campainha, apresso-me a atender, já sei que voz me aguardava (...)
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