Comecei a aperceber-me de que ela não estava bem, logo no primeiro
fim-de-semana, a seguir ao almoço, íamos àquele restaurante de que tanto
gostava, sempre a gabar as doses fartas e saborosas – creio que não havia um
único conhecido seu que não tivesse ouvido falar no dito restaurante –, era um
Sábado, acabámos um pouco antes das quinze, enquanto pagava, não sei porquê, mas
fiquei a observá-la, como se para me assegurar de que era desta, de que não
havia mais equívocos, porém, daquela curta distância, não obstante o contínuo
cirandar de vultos, no interior concorrido do estabelecimento, visualizei-lhe o
início de um terror mudo pela face, nessa altura, entre o pagamento, a espera
pelo troco, pensei, confesso, que o equívoco estivesse em mim, talvez não a
tivesse observado devidamente, contudo, assim que saímos para a calçada
ensonada, numa tarde de Sábado, daquela povoação, como uma evidência, saltou-me
à vista o seu flagrante terror perante a actual circunstância (...)
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