Livros

Livros

segunda-feira, 21 de maio de 2018

A singularidade de um gesto de amor




Há uns dias deparei-me com uma evidência: há gestos que se me tornaram impossíveis por se terem consubstanciado em palavra. Foi numa noite que ameaçava chuva, havia dúvidas, demasiadas talvez, no ar, da minha parte, dela também, entretanto, um jantar, vários convidados, fiquei de a ir buscar a casa, nessa altura uma chuva miudinha turvava horizontes, logo aproximava as coisas, à hora marcada, eu à porta dela, como combinado, um toque para o telefone anunciava a minha chegada, ela a descer, havia uma distância, próxima da altivez, na sua voz e gestos que me agradava profundamente, denotei-a assim que entrou no carro, como sempre, eu com melodias do ontem, ainda hoje não sei se lhe agradavam, embora música, para mim, fosse um veículo para me evadir da minha circunstância e regressar a lugares do ontem onde, afinal, compreendo hoje o que é isso da felicidade, porque é sempre retrospectiva (...)

Sem comentários:

Enviar um comentário

Nota: só um membro deste blogue pode publicar um comentário.