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sexta-feira, 8 de novembro de 2019

A estranha ilusão de que vivemos fora do corredor da morte



O seu nome pela voz do médico, porta do consultório aberta, com uma folha na mão, lá se levantou, não lhe passou despercebida a crescente dificuldade, tentou disfarçar para o mundo em redor, três ou quatro vultos, pouco mais reteve, há muito deixara de olhar o outro, desde que passou a ver olhos em ecrãs em vez de rostos, foi aí, sem dúvida, que declinou a procura de almas espelhadas em olhares, o médico permaneceu, de folha na mão, sob a ombreira do seu consultório, estendeu-lhe a mão para o cumprimentar e com um afável gesto incitou-o a entrar (…) 

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