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quinta-feira, 10 de outubro de 2019

A biografia do objecto



Assim que sinto o ar da tarde quase finda pelo rosto, uma sensação de paz e simultaneamente de derrota, pelos candeeiros acesos em volta, num prenúncio de sombras pelos passeios, estamos naquela altura do ano em que caminhamos pelo mundo apenas sob a noite, saímos alumiados pelas longínquas centelhas nocturnas, regressamos com o seu despertar num céu que se vai anoitecendo, daí esta ambivalência no meu sentir, se no Verão a luz cega-me e o calor guia-me os passos para cenários marítimos, agora esta luz enfraquecida ilumina o pormenor das coisas, embora pese no pensar, talvez por se fazer acompanhar do passado de cada um de nós, daí o meu desconforto, creio que a minha alma é um lugar lá atrás (…)

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